Candidato do PTB em PE critica secretarias criadas por Campos

by Matheus Britto / junho 05, 2014 / in Fotojornalismo / 0 comments

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Da Folha de S. Paulo

Foto: Matheus Britto

O pré-candidato do PTB ao governo de Pernambuco, senador Armando Monteiro Neto, criticou nesta quinta-feira (5) o número de secretarias criadas pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) no período que comandou o Estado (2007-2014).

O senador, que fez parte do antigo governo até outubro do ano passado, prometeu cortes em algumas pastas caso eleito, mas não deu detalhes.

“O governo de Pernambuco chegou a ter 27 secretarias. É um número muito elevado. Nossa ideia é cortar alguns gastos para que outros mais importantes passem a ter espaço. Em Minas Gerais, por exemplo, são 17 secretarias. No Rio Grande do Sul são 19. Não há necessidade de tantas em Pernambuco”, disse o senador.

A declaração foi dada durante sabatina promovida pela Folha, pelo portal UOL –ambos do Grupo Folha– e pelo SBT, feita com os principais pré-candidatos ao governo de Pernambuco.

Candidato à Presidência, o pessebista Eduardo Campos tem pregado um governo “enxuto” e “eficiente” na gestão pública, criticando o número de ministérios do governo Dilma e prometendo cortes.

Monteiro Neto também criticou o número de funcionários temporários contratados pelo Estado durante o governo Campos. Segundo ele, são 27 mil ocupando postos públicos, o que “fere o princípio do mérito e incha a estrutura do governo”.

O senador, porém, também elogiou algumas ações do ex-governador. “É inegável reconhecer que Pernambuco experimentou um período de crescimento econômico e portanto o povo está mais exigente em novas conquistas. A última gestão foi um governo animado, que soube se articular dentro e fora do Estado. Foi uma gestão positiva. No entanto, Pernambuco ainda tem muito o que avançar principalmente nos indicadores socioeconômicos”, disse.

Ele também reconheceu a estratégia de Campos de levar a fábrica da Fiat para a região da Mata Norte, em vez de optar pela implantação no Complexo Industrial de Suape. “Foi o caminho acertado. Ele optou pela descentralização para fomentar outra região do Estado. Suape já está sobrecarregada e não teria condições de mais uma estrutura desse porte”, disse.

O pré-candidato respondeu a perguntas feitas pelos jornalistas Daniel Carvalho, correspondente da Folha no Recife, Antônio Martins Neto, da TV Jornal, e Gilvandro Filho, editor de política do Jornal do Commercio. Internautas também participaram enviando perguntas ao senador.

Esta foi a última sabatina com os pré-candidatos ao governo de Pernambuco. O pré-candidato Zé Gomes Neto (PSOL) participou do primeiro programa e Paulo Câmara (PSB) foi o segundo entrevistado. Já houve sabatinas também com pré-candidatos aos governos do Rio Grande do Sul e de São Paulo.

EXPERIÊNCIA NO EXECUTIVO

Questionado pelos jornalistas sobre a falta de experiência no Executivo, Armando Monteiro Neto admitiu ter pouco tempo de vida pública –o primeiro mandato que ocupou foi o de deputado federal, em 1999. Segundo ele, porém, as principais figuras políticas do país não foram forjadas no ambiente da burocracia de governo e “tinham sensibilidade para reconhecer os anseios do povo”.

“Você vê Lula, Getúlio, Fernando Henrique. Nenhum desses surgiu da política tradicional. Mas souberam fazer as mudanças necessárias. Eu tenho muita experiência do setor privado e quero aproximar essa eficiência na gestão do serviço público”, disse.

PATRÃO

O pré-candidato também falou sobre a “candidatura dos patrões”, como vem sendo rotulada sua postulação.

O senador, que é administrador de empresas e ex-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), disse não ter vergonha de suas origens e aproveitou para alfinetar o PSB, partido do seu adversário Paulo Câmara e de Eduardo Campos.

“O PSB não pode falar muito sobre isso. O PSB teve entre seus quadros o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que só deixou o partido por conta própria. O partido acolheu também Júlio da Friboi [em Goiás], que quase disputou o governo pelo PSB. Nessa nova política não cabe destilar velhos preconceitos. O próprio presidente Lula conseguiu realizar um grande governo pois teve ao seu lado um dos grandes empresários do país, o saudoso José Alencar (1931-2011)”.

DILMA

Sobre a queda da presidente Dilma Rousseff nas pesquisas de intenção de voto, Monteiro Neto disse que não se preocupa com o desempenho da petista e afirmou não fazer política de olho apenas na popularidade.

“Temos em afinidade um projeto maior. E acreditamos nesse projeto. Não podemos deixar de lado o governo da presidente Dilma e as conquistas alcançadas neste período”.

O pré-candidato também minimizou o efeito das manifestações que ocorreram no Brasil ano passado e que podem acontecer de novo no período da Copa do Mundo.

“Não é um movimento específico contra uma pessoa. É uma crítica geral contra o distanciamento dos políticos com as questões importantes da sociedade. O que se está pedindo é uma aproximação mais nítida dos políticos com as questões sociais”, disse.

EDUCAÇÃO

O pré-candidato defendeu ainda maior investimento do governo na educação e uma reforma tribuária que eleve a receita corrente líquida de Pernambuco. Segundo ele, a gestão passada pecou nos avanços da educação, não se preocupando em elevar os índices educacionais do Estado.

“É preciso estimular os municípios a se envolver mais em uma educação fundamental de qualidade. O Ceará, que hoje apresenta índices maiores que Pernambuco, por exemplo, passou a dar maiores investimentos para os municípios que foram apresentando melhorias na educação. Queremos um modelo semelhante a isso, que fomente a educação básica em vários pontos de Pernambuco”.

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