Provocado, Náutico dá resposta em campo e bate Sport na Ilha do Retiro

by Matheus Britto / janeiro 23, 2014 / in Fotojornalismo / 0 comments

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Do Globo Esporte

Foto: Matheus Britto

Neto Baiano disse que o Sport, por ser da Série A do Campeonato Brasileiro, tinha obrigação de vencer o Náutico. Mas o hipotético desnível técnico, ao menos neste início de temporada, caiu por terra: o Timbu deu a resposta dentro de campo, com a bola no pé e no fundo das redes. O Alvirrubro venceu por 1 a 0, na Ilha do Retiro, na noite desta quinta-feira. O gol de Zé Mário deu fim a um jejum que durava quase uma década. A última vitória na casa do arquirrival havia sido no dia 28 de março de 2004.

Ao fim da partida, o técnico Lisca desabafou. E justificou a fama de “Doido” – apelido carinhoso – trazida do Rio Grande do Sul.

– Agora eu sou conhecido! Agora, vocês me conhecem! – berrava ele enquanto se dirigia ao setor onde ficou a pequena torcida alvirrubra na Ilha do Retiro, pouco antes de se pendurar no alambrado.

O Timbu voltou a fazer a festa na Ilha após 21 jogos sem vencer no estádio. Com a vitória, passa a dividir a liderança do Grupo D da Copa do Nordeste com o Guarany de Sobral, que venceu o Botafogo-PB, em casa, na noite desta quinta-feira. Ambos têm quatro pontos, mas o Alvirrubro leva desvantagem no saldo por um gol. O Sport permanece com apenas 1 ponto, ao lado do time paraibano, mas na lanterna graças aos critérios de desempate.

Domingo, o Náutico enfrenta o Botafogo, no Almeidão, em João Pessoa, enquanto o Leão recebe o Guarany de Sobral na Ilha do Retiro.

Náutico tem início surpreendente

Os primeiros dez minutos surpreenderam pela postura ofensiva e mais organizada do Náutico. Era um sinal. No decorrer do primeiro tempo, ainda que o Sport tenha conseguido equilibrar as ações, o Timbu foi sempre mais perigoso. A entrada dos estreantes Yuri, Hugo e Marinho deram outra cara à equipe. Três dias antes, na estreia, sobrou preocupação. O empate com o Guarany de Sobral na Arena Pernambuco deixou má impressão, apesar de ser um resultado natural para um time completamente reformulado.

Os rubro-negros pareciam ter sido contaminados pelas análises prévias do jogo, tendo como base a tal estreia. Para piorar, além da melhor postura do adversário, o Sport esteve engessado. Com Rithely em noite apática, o Leão se viu refém do ritmo cadenciado de Naldinho e Aílton, os outros responsáveis por levar o time para frente. Discretos, os laterais Patric e Marcelo Cordeiro também pouco ajudaram Felipe Azevedo e Neto Baiano, este isolado no ataque. Em nenhum momento, posse de bola foi sinônimo de efetividade para o Sport. Diferentemente do Náutico.

Aos 39 minutos, o Timbu foi premiado. Ananias fez boa jogada pela direita e deixou Zé Mário cara a cara com Magrão. Na saída do goleiro, o meia alvirrubro tocou com categoria para abrir o placar. O primeiro gol fez justiça ao futebol apresentado pelo Náutico. Assim como a vitória parcial na descida para o intervalo.

Mexidas e gols perdidos

Com vantagem no placar, o Náutico ficou ainda mais à vontade. Na volta do intervalo, o time alvirrubro continuou melhor. Hugo desperdiçou uma excelente oportunidade de ampliar o placar aos dez minutos, após boa jogada de Zé Mário pela esquerda. O meia, por sinal, foi um dos destaques do Timbu. Não apenas pelo gol marcado. Ele soube explorar os espaços pelo lado direito da defesa rubro-negra.

No intervalo, Geninho trocou Rithely pelo estreante Ananias. Mais tarde, tirou Marcelo Cordeiro e acionou o lateral-esquerdo Igor, outro estreante. Pouco antes, Cordeiro fez um cruzamento preciso para Patric, que perdeu um gol feito, debaixo da meta de Gideão.

O torcedor rubro-negro lamentaria ainda mais a chance perdida por Neto Baiano, aos 27. Sozinho e dentro da área. O centrovante, o homem-gol, o cara da declaração polêmica antes do jogo isolou o passe açucarado de Rodrigo Mancha. O lance foi o retrato de tudo que cercou este Clássico dos Clássicos.

A tentativa de pressão do Sport nos últimos minutos foi meramente impulsiva. Faltou qualidade. E principalmente competência. Mais eficiente, o Náutico administrou o resultado e fez por onde merecer a vitória.

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